Nervosismo, coração acelerado, suor frio... esses são alguns dos sintomas que muitos homens apresentam quando escutam a expressão ‘Ponto G’. Mas a partir de agora você vai entender tudo sobre o assunto e perceber que não há nada com o que se preocupar.
Essa expressão (Ponto G) surgiu em 1950, quando o ginecologista Ernst Gräfenberg formulou uma teoria de que há na parte interior da vagina, uma pequena área que, ao ser estimulada, causa uma grande excitação na mulher, fazendo com que ela experimente uma nova forma de orgasmo.
Desde então, vários estudos foram realizados para entender o que é exatamente o Ponto G, onde ele está localizado e como deve ser manipulado. Até hoje não existe uma resposta para isso. Este ano o urologista Amichai Kilchevisky, da Universidade de Yale, liderou um grupo de estudos que tinha como objetivo analisar todas as publicações a respeito do tema desde o ano de seu surgimento. Nada de científico que provasse a existência de tal ponto, foi encontrado.
Outro estudo realizado em Londres no King’s College, no qual foram entrevistadas 1804 mulheres, apenas 32% delas afirmaram acreditar na zona erógena. Os cientistas concluíram então, que as mulheres passaram a acreditar em tal teoria para tentar justificar a perda de prazer com um parceiro. Esse era o jeito mais fácil de encarar o problema “ele não consegue encontrar meu Ponto G”. O que também teve apoio das revistas voltadas ao público feminino que sempre querem reforçar a existência do tal ponto mesmo sem provas científicas.
O ginecologista Airton Takimura, discorda da teoria de Gräfenberg, “fisicamente não existe nenhuma área no aparelho reprodutor feminino que se assemelhe ao Ponto G. Ao fazer cirurgias ou estudar o aparelho feminino, fica claro que não existe nenhuma inervação vaginal que possa provocar maior excitação na mulher”.
O médico ainda ressalta que o sexo não é algo apenas biológico, mas também psicológico, dessa forma a interação sentimental e racional dos parceiros tem que ser maior que a física para que o sexo traga o prazer esperado.
Angélica Brofmann, 34, não acredita que exista o Ponto G, ela defende que para a mulher atingir o orgasmo de forma satisfatória, é necessário conhecer o próprio corpo e saber em quais partes mais gosta de ser estimulada.
Junia Dias de Lima, terapeuta sexual, diz que o ponto G fica entre os ouvidos das mulheres e que ele se chama cérebro, e ele sim é o responsável por todas as sensações de prazer. Ela ainda lembra, “cada pessoa tem um mapa erógeneo diferente, que deve ser descoberto ao longo da prática sexual. Muitas vezes mais vale uma conversinha ao pé do ouvido do que a penetração em sim”.
A dica é, deixar essa história de ponto G de lado e aproveitar os momentos de intimidade com a parceira. Abusar das preliminares é a melhor maneira do casal chegar ao ápice do sexo. “Os homens devem lembrar que a mulher demora mais para ficar excitada, então as preliminares são essenciais para que ela aproveite adequadamente o ato sexual. Os homens não precisam ter medo, devem ter criatividade”, afirma Junia.
Foto: Juliano Oliveira
Foto: Juliano Oliveira
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